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Podem me chamar de Simbá chega ao Brasil pelo selo Tordesilhinhas, após ser incluído na Lista de Honra da YBBY 2012
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Com delicadeza e sensibilidade, o premiado escritor espanhol Francisco Castro aborda o Mal de Alzheimer a partir da relação lúdica entre um avô e seu neto. |
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Frequentemente, a figura dos avós é guardada em um lugar especial na memória afetiva de todos nós. Muitas vezes são eles que ajudam nas questões que nem sempre os pais têm habilidade de conduzir, e é a eles que as crianças recorrem em busca de conselhos. Na companhia deles as crianças podem experimentar, usar a imaginação e brincar com aquilo que nem sempre é permitido na casa dos pais.
E quando um deles fica doente? Em Podem me chamar de Simbá, o galego Francisco Castro oferece ao leitor uma abordagem tocante para um assunto pouco tratado por obras infantis e juvenis: o processo de envelhecimento e a perda da memória e da consciência de um familiar querido.
O protagonista é Paulo. Ele tem 10 anos e um avô bem esquecido, que troca os nomes de todos – inclusive o do neto, a quem chama de Simbá, o Marujo. Portador do Mal de Alzheimer, o Capitão, como ele se autointitula, imagina barcos, piratas e aventuras nas quais o menino embarca com alegria, tomando-as como uma grande brincadeira. E a maior de todas as aventuras acontece quando o Capitão desaparece. Nessa hora, movido pelo amor que sente pelo avô, o garoto sai, decidido e angustiado, em busca de seu melhor amigo. O que ele não sabe é que está prestes a descobrir um segredo de família do qual nem desconfia.
Contada do início ao fim pela perspectiva do garoto, a história de Simbá e seu fiel Capitão retrata a dificuldade das famílias de lidar com seus velhos e ensina que o melhor remédio é estar sempre perto de quem se ama.
Em 2012, Podem me chamar de Simbá ingressou na lista de Honra da International Board on Books for Young People (IBBY), organização presente em 70 países e que atua no desenvolvimento de ações e programas voltados à leitura infantil e juvenil. No Brasil, a organização é representada através da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).
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Sobre o autor
Francisco Castro nasceu em Vigo, na Espanha. Exerceu o cargo de professor de filosofia por quase duas décadas e, atualmente, trabalha na Editora Galaxia e ministra oficinas literárias para crianças e adultos. Além disso, escreve livros para os públicos jovem e adulto, atividade pela qual já foi premiado diversas vezes.
Recebeu o prêmio Frei Martin Sarmiento, por Un bosque cheo de faias, e foi finalista do Caixa Galicia de Literatura Xuvenil com O Ceo dos afogados – ambas obras de literatura juvenil. Os livros destinados ao público adulto lhe renderam os prêmios: Lueiro Rey de Novela Curta com Play-Back (1997); Cartafol por Xeración Perdida (2004); Blanco Amor pelo livro Spam (2005); e Manuel García Barros com As palavras da néboa (2007).
Sobre o ilustrador
Alexandre Camanho nasceu na cidade de São Paulo e trabalha com ilustração desde 1999. Estudou gravura e desenho com o artista Evandro Jardim e artes plásticas na Universidade de São Paulo. No ano de 2012 ganhou o prêmio Ibema de gravura em Curitiba.
Nos últimos anos, tem se dedicado à ilustração na literatura para crianças, jovens e adultos, procurando despertar a imaginação criativa por meio das ilustrações.
Sobre o Tordesilhinhas
Criado em 2011, o selo Tordesilhinhas tem como proposta divertir e estimular as crianças a desenvolver a imaginação e a ver no livro um companheiro de viagens e brincadeiras para toda a vida. Sem perder de vista também o aspecto pedagógico, as publicações do selo trabalham ainda valores e temas educacionais.
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